segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Prevenir lesões com o teste da pisada

O trabalho do fisioterapeuta é muito mais do que a recuperação de pessoas. Hoje, a prevenção com a fisioterapia começa a ser difundida e aceita pela população. O aumento de atividades esportivas individuais, como, por exemplo, a corrida, ajudou a conscientizar as pessoas por um trabalho preventivo. Para tratamentos, há diversos protocolos, mas o trabalho individualizado sempre tem melhores resultados. Cabe ao fisioterapeuta indicar alternativas para aprimorar a perfomance sem lesão e dentro das necessidades do paciente. E nesse universo preventivo, o teste de pisada é uma opção simples que pode evitar lesões como tendinites, fascite plantar, fraturas por estresse, dentre outros.




Para ter eficiência e credibilidade, o teste da pisada deve ser feito em três etapas: análise estática da biomecânica, análise em movimento da passada e avaliação postural. Somente o fisioterapeuta habilitado consegue dar um diagnóstico completo do tipo de pisada do paciente e indicar o melhor calçado para a atividade física.
Estudos dividem as pessoas em três tipos de pisada: pronada (para dentro), supinada (para fora) e neutra. Mas além do teste indicar em qual grupo a pessoa se encaixa, com a análise completa é possível visualizar a necessidade de suportes extras, como, por exemplo, uma palmilha, seja de correção ou de conforto.
Já encontrei diversos casos curiosos durante os atendimentos e que tiveram melhora significativa com o uso correto do calçado. Um desses meus pacientes, que é corredor, tinha a pisada pronada em pé chato na primeira avaliação. Depois que ele começou a usar o tênis certo com uma palmilha customizada, com amortecimento em calcâneo, elevação do arco medial e apoio medial, as dores diminuíram e a descarga de peso na análise estática foi significativamente melhor.
O mais interessante é que o teste da pisada, além de ser primordial para atletas profissionais e amadores, também pode ser feito por não praticantes de atividade física. Qualquer pessoa, por exemplo, que sofre com dores na região do pé, joelho, por exemplo, deve ser avaliada. As chances das dores serem causadas pela postura são grandes. E com o teste da pisada e a avaliação postural é possível identificar o motivo dessa dor. Por isso, acredito que o teste da pisada é uma das inúmeras formas de prevenção de lesões, que deve ser agregado na rotina do fisioterapeuta.


David Homsi - Revista Fisio/SA

terça-feira, 20 de setembro de 2011

FISIOTERAPEUTA: Dr. ou Ft. ?



Gente, este é um texto retirado do Blog 14-F FISIOTERAPIA, escrito pelo Dr. Geraldo Barbosa.
O endereço do blog dele é http://geraldobarbosa43.blogspot.com
Recomendo, muito bom este blog! Vou colocar aqui o texto na íntegra, com a permissão dele claro.
Texto excelente e muito bem escrito.


"Vasculhando arquivos em um dos dias da semana passada, minha esposa - Fisioterapeuta da mesma forma que eu - encontrou um exemplar do Jornal FISIOBRASIL, o de Nº 40, publicado em dezembro de 2000. Nele, um pequeno artigo chamou-nos a atenção pelo título: " Fisioterapeuta: Dr., sim; Ft, não", tendo como conteudo uma mensagem de final de ano assinada pela Dra. Regina Figgueirôa, a época Presidente do CREFITO 2, da qual transcrevemos, ipsis verbis, o trecho a seguir: "Como mensagem de fim de ano, século e milênio, queremos manifestar o nosso repúdio em relação a utilização da abreviatura "Ft." para designar o profissional Fisioterapeuta" [...]
Após analisar essa opinião quase dez anos depois da publicação da mensagem, observamos que o assunto permanece atualissimo; nada mudou. Mas reflitamos; já é tempo! Como é possivel a todo momento encontrarmos anúncios de clínicas, de consultórios, ora com a abreviatura Dr. Fulano, ora com o extravagante Ft. Sicrano ?


Poderia, em principio, parecer um dilema, mas NÂO É! Pois um dilema conduz a uma alternativa em que qualquer dos seus termos leva a mesma concepção ou ideia, ou ainda definição. Usando o percurso lógico do raciocínio, chegamos a proposições onde uma é conhecida como abreviatura de doutor, usada no sentido de designar quem se diplomou numa universidade, ou que é muito sábio ou douto. Não confundir com título de Pós-graduação ou dos que defendem tese de doutorado. A outra nada significa. Em razão de que, então Ft. ?

À guisa de lembrete: "Agr.", trduz-se por Agricultura; "Biol.", significa Biologia; "Filos.", Filosofia; "Med.", Medicina; e assim por diante, sem que venha a significar uma profissão ou título que a qualifique. Não nos parece correto, na lingua portuguesa, abreviar nomes próprios de profissões; se estivermos enganados, os Filólogos nos censurem e/ou nos consertem.

A utilização da abreviatura do título de doutor (Dr.) - no sentido já mencionado, de designar quem simplesmente se diplomou em uma universidade - por Fisioterapeutas, remonta ao início dos anos 60 do século passado, sendo portanto anterior ao Decreto-Lei Nº 938/69, com a finalidade de caracterizar um profissional cuja prática está ancorada na fundamentação científica. Nada mais justo, para ressaltar a formação universitária daqueles que lutam pela isonomia com as demais categorias profissionais da área da saúde.

A abreviatura "Ft.", empobrece a categoria dos Fisioterapeutas, pois nada acrescenta, nada significa, nada justifica o seu uso"


Parabéns pelo texto Dr Geraldo. É isso aí.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Síndrome do Túnel do Carpo: o que é realmente efetivo dentro da Fisioterapia?


Um grupo de pesquisa holandês publicou no Archives of Physical Medicine and Rehabilitation, duas grandes revisões sistemáticas sobre a efetividade do tratamento cirúrgico e não cirúrgico para a Síndrome do túnel do carpo, dividido em dois artigos. O texto com os resultados dos recursos não cirúrgicos se destaca pela quantidade de informação e pela abrangência dada as inúmeras propostas de tratamento já estudadas sobre o assunto, desde imobilizadores, tipos de teclado, incluindo diferentes modalidades fisioterapêuticas.



Muitas dúvidas podem surgir ao se conduzir o tratamento fisioterapêutico de um indivíduo com Síndrome do Túnel do Carpo e uma coletânea do que diz a literatura sobre o assunto nos ajuda a ter algumas diretrizes que podem nos subsidiar mais claramente. Vale ressaltar que, á seguir, será apresentado o atual “estado da arte” sobre o assunto. Estas recomendações, no entanto, podem mudar se ocorrerem avanços nas pesquisas dos temas apresentados. Seguem os principais resultados do estudo, seguido da força de evidência conforme a seguinte escala do nível de evidência:

1. Evidência forte de efetividade: achados positivos e consistentes (mais de 75% de significância) em múltiplos estudos clínicos de alta qualidade.
2. Evidência moderada: achados positivos consistentes (significante) de múltiplos estudos clínicos de qualidade baixa ou de um estudo clínico de alta qualidade.
3. Evidência limitada: achado positivo (significante) de um estudo clínico de baixa qualidade.
4. Evidência conflitante: achados de estudos clínicos com menos de 75% de consistência (significância).
OBS: ao se afirmar que não há evidência significa que estudos de boa qualidade não demonstraram diferenças significantes.



Tala ou imobilização para o punho/mão
-Uma atadura noturna na mão (“brace”) é mais efetivo do que não fazer nada (evidência moderada em curto prazo - 2 semanas - e limitada em médio prazo).
-Tala em posição neutra é mais efetiva que a que mantém o punho em extensão de 20° em curto prazo/2 sem (evidência limitada).
-Usar tala em tempo integral não parece acrescentar benefício a usá-la somente à noite, bem como não há provas de que haja mais benefício ao se comparar o uso de tala isolado com a atadura da mão (“brace”) à noite, nem ao associar a tala com aplicações de laser, ou com exercícios de yoga, em curto prazo.
-Corticosteróide oral é mais efetivo que a tala de punho em curto prazo (evidência moderada).

Ultra-som
-Não há evidências de que o ultra-som seja mais efetivo do que o placebo em curto prazo (2 semanas), mas sim após 7 semanas (evidência moderada).
-Não há evidências de diferenças entre a intensidades de 1,5W/cm² quando comparado com 0,8W/cm² em curto prazo, assim como ao se utilizar freqüências de 1 e 3 MHz.
-O ultra-som é mais efetivo do que o laser em curto prazo (evidência moderada).

Laser
Não há evidências de que o laser seja efetivo ao se comparar com o placebo em curto prazo.

Mobilizações e Terapia Manual
Mobilização dos ossos do carpo é mais efetiva do que não tratar em curto prazo (evidência limitada). Não houve diferença entre a efetividade da mobilização dos ossos do carpo comparado a mobilização neurodinâmica, em curto prazo; entre a técnica neurodinâmica + tala, comparado com terapia placebo + tala em curto prazo; ou da mobilização de tecidos moles assistida por instrumento (Graston??) + exercícios domiciliares comparada a mobilização de tecidos moles + exercícios domiciliares em médio prazo.



Teclado Ergonômico
Teclado ergonômico é mais efetivo que o teclado padrão em 3 meses (evidência moderada), porém não em 6 meses (evidência limitada). Teclados na Apple® e da Microsoft® são mais efetivos que teclados normais em 6 meses (evidência limitada).

Acupuntura
Não há evidências da efetividade da acupuntura com laser em curto prazo (3 sem), ou da acupuntura comparada com corticosteróides em curto prazo (4 sem).

Massagem
Massagem direcionada é mais efetiva que a massagem geral e sessões de massagem de 15 min., 1x/sem associada a auto-massagem diária é mais efetiva que não tratar em curto prazo (evidência limitada).

Compressa Quente
Compressa quente é mais efetiva que placebo oral em curto prazo (3 dias de seguimento), porém ventosas (“cupping therapy”) é mais efetivo do que bolsa quente em 7 dias de seguimento (evidência moderada).

Iontoforese
Não há evidência de efetividade da iontoforese de dexametasona ao se comparar com placebo em médio e longo prazo (3 e 6 meses).

Exercícios de deslizamento do tendão e do nervo (“Tendon and Nerve Gliding Exercises”)
Há evidência limitada de que o uso integral de tala (dia e noite) por 6 sem + programa de exercícios + tala noturna por 4 sem + exercícios é mais efetivo que o mesmo tratamento sem os exercícios em curto prazo.
Exercícios neurodinâmicos adicionados ao tratamento padrão (tala noturna+durante atividades pesadas)+exercícios de deslizamento do tendão é mais efetivo que o tratamento padrão (tala) em médio prazo (evidência limitada). Não há evidência de superioridade de efeito entre os tratamentos com: 1. tala+exercícios; 2. tala+ultra-som; 3. tala mais exercícios+ultra-som em curto prazo.

Vale salientar que as escolhas no mundo real do cotidiano clínico baseiam-se também nos recursos disponíveis, experiência e crenças do profissional e do paciente e vivências de ambos, o que pode variar as escolhas apontadas acima. Destacamos também que os estudos de baixa qualidade metodológica possuem grande risco de viés. Assim, outros estudos, com melhor qualidade, poderão confirmar ou refutar algumas das recomendações acima.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Nova ferramenta como "Atlas" de Anatomia

GOOGLE BODY

É uma ferramenta gratuita do Google que ajuda MUITO nos estudos de anatomia.

Chama-se GOOGLE BODY, onde através dele percorremos o corpo humano, passando por músculos, ossos, órgãos, sistema circulatório e nervoso. As imagens sao em 3D, com isso favorece os estudos de anatomia.

Acesse o link para conhecê-lo:

http://bodybrowser.googlelabs.com/

É muito legal, inclusive pra vc mostrar ao paciente onde está o problema, explicar a musculatura, inervação.

Experimentem!!

domingo, 28 de agosto de 2011

Entorses de tornozelo podem ser influenciadas pelo posicionamento do pé durante a caminhada e a corrida

A posição do pé um pouco antes contato com o solo durante a corrida e caminhada podem colocar as pessoas em risco de entorse de tornozelo, de acordo com um novo estudo publicado por um pesquisador da Universidade da Geórgia.

Os resultados do estudo, que aparecem na edição online de Junho do American Journal of Sports Medicine, descobriu que pessoas que tem uma história de entorse repetitiva de tornozelo, demonstram pouca altura entre o pé e o chão durante a corrida e apontavam os dedos exageradamente para baixo durante a caminhada.

Entorse de tornozelo é a lesão mais comum relacionada ao esporte, e muitos que passam por isso vai continuar a desenvolver a instabilidade crônica, sofrendo entorses repetitivas durante a vida.

"Quase todo mundo que é fisicamente ativo irá sofrer uma entorse de tornozelo em algum momento", disse o principal autor do estudo, Cathleen Brown Crowell, um professor assistente na Faculdade UGA do departamento de Educação em cinesiologia. 

"Muitas pessoas desenvolvem lesões repetitivas no tornozelo que são dolorosas, assim podem diminuir o desempenho e aumentar o risco de osteoartrite do tornozelo. Fomos capazes de identificar os fatores no posicionamento do pé antes do contato com o solo que podem predispor algumas pessoas a essas lesões repetitivas. Essas descobertas podem ajudar os fisioterapeutas a desenvolver programas de reabilitação que enfatizam movimentos que podem ter sido ignorados no passado. " 

O estudo coletou dados de mais de 30 atletas amadores do sexo masculino, alguns com história de entorses de tornozelo repetitivos e alguns sem. Equipamentos de captura analisou ​​movimentos articulares e as forças nos participantes durante a caminhada e corrida. 





Este estudo foi o único que analisou todos os três movimentos possíveis do tornozelo, e incluiu os participantes que tinham diferentes tipos de instabilidade do tornozelo, explicou Brown Crowell. 



Enquanto o equipamento de captura de tal movimento pode não estar disponível para análise de pacientes em clínicas de reabilitação, os resultados podem ser aplicados a indivíduos fisicamente ativos em qualquer nível de entorse. "Podemos aplicar nossas conclusões para a prática clínica", disse Brown Crowell. "Nosso estudo demonstra que existem diferenças nos movimentos do pé e tornozelo em uma população lesada, o que pode responder a intervenções de reabilitação além de alongamento e fortalecimento típico. O próximo passo é ver o foco das intervenções, tentando influenciar como as pessoas correm e caminham, podendo tratar e até prevenir entorses de tornozelo ".

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Dor no Joelho: Fortalecer os QUADRIS


Dor no joelho: Fortalecer meus quadris? Mas meus joelhos que estão doendo!



J Orthop Sports Phys Ther 2011; 41 (8): 571. doi: 10.2519/jospt.2011.0505  



Os profissionais da área da saúde costumam chamar DOR na parte da frente do joelho ou abaixo da patela de síndrome da dor patelo-femoral. Na maioria das vezes, essa dor ocorre após o exercício, mas você também pode senti-la se ficar sentado por um longo período. Com o tempo, o seu joelho pode começar a doer durante o exercício ou durante o dia. Você pode sentir uma dor incessante ou aguda ocasional. Essa dor pode fazer com que você ande mancando e pode limitar suas atividades. Isto pode ser muito frustrante, mas há boas notícias: os exercícios podem reduzir a dor do joelho e permitir que você retorne às atividades normais sem a necessidade de cirurgia. Embora saibamos os benefícios dos exercícios, não tínhamos a certeza de quais seriam os melhores para rapidamente reduzir a sua dor. Um estudo publicado na edição de agosto de 2011 JOSPT oferece uma visão nova de exercícios baseados em evidências para ajudar a responder esta pergunta.

      

Novas percepções

Como este tipo de dor no joelho é mais comum em mulheres, os pesquisadores testaram 33 mulheres com síndrome da dor patelo-femoral. Durante as primeiras quatro semanas de fisioterapia, cerca de metade dos pacientes fizeram exercícios focando o fortalecimento dos músculos do quadríceps, enquanto a outra metade fez exercícios para a musculatura do quadril. Todos esses pacientes, em seguida, fizeram os mesmos exercícios durante 4 semanas para melhorar a força de toda a perna. Respostas dos pacientes em questionários sobre dor e testes de força foram usadas para determinar qual abordagem foi melhor. Por quatro semanas, os pacientes do grupo de fortalecimento do quadril tinha 43% de redução da dor, enquanto o grupo de fortalecimento do joelho só tinha 3%. Alívio da dor e função foram semelhantes nos dois grupos por 8 semanas. No entanto, apenas os pacientes no grupo fortalecimento do quadril tinha melhor força 1 dos testes de força do quadril.

   
CONSELHOS PRÁTICOS

Pacientes com dor no joelho podem ser beneficiados se começarem com exercícios de fortalecimento do quadril. Melhora potencial inclui alívio rápido da dor e da força do quadril. Você pode estar curioso porque os pacientes do grupo de quadril tiveram melhora mais rápido. Isso pode ser porque os exercícios de fortalecimento do joelho irritaram o mesmo, ou talvez porque os exercícios de fortalecimento do quadril ajudaram a melhorar a mecânica de toda a perna, diminuindo o estresse no joelho. Apesar de começar com exercícios de fortalecimento do quadril poder diminuir a dor mais cedo, é importante seguir uma ordem funcional, que visam fortalecer os músculos da perna inteira. Você também precisa considerar as atividades físicas que você realiza e a sua resposta a esta abordagem para garantir o melhor resultado. Seu fisioterapeuta pode ajudar a personalizar esta abordagem para você.




Karina Kelly de Oliveira Melo
Fisioterapeuta
Av. Nilo Peçanha, 951, 1ºandar, Bessa.
João Pessoa-PB
Tel: (83) 3246-1048

Exercícios de Equilíbrio para dor lombar crônica?

Bem,

hoje eu estava olhando a JOSPT (Journal of Orthopaedic & Sports Physical Therapy) e tem um artigo muito interessante, atual, sobre dor lombar crônica.

Traduzi o resumo e vou colocar aqui pra vocês:


Eficácia dos exercícios de equilíbrio do tronco para indivíduos com dor lombar crônica: um ensaio clínico randomizado.

FORMA DE ESTUDO: Ensaio clínico aleatório. 

OBJETIVOS: Para determinar a eficácia de exercícios de equilíbrio do tronco em indivíduos com dor lombar crônica. 

CONTEÚDO: A maioria dos exercícios tem o objetivo de restaurar a estabilidade lombo-pélvica, visando o controle desta região. Menor atenção tem sido dada ao controle de feedback durante os ajustes de equilíbrio. 

MÉTODOS: Setenta e nove pacientes foram escolhidos aleatoriamente em dois grupos diferentes. O grupo experimental realizou exercícios de equilíbrio do tronco, além de exercícios de flexibilidade padrão. O grupo controle realizou exercícios de fortalecimento, além de o mesmo padrão de exercícios de flexibilidade do tronco. As medidas de desfecho primárias foram as de intensidade da dor (escala analógica visual), deficiência (Roland-Morris Questionnaire), e a qualidade de vida (12-Item Health Survey Short-Form). Os desfechos secundários foram posições dolorosas, uso de analgésicos, dor referida. Análise de variância e risco relativo foram utilizados para analisar os dados para as medidas de desfecho primário e secundário, respectivamente. 

RESULTADOS: Uma diferença significativa nos escores do Questionário de Roland-Morris ( P = 0,011) e componente físico dos 12 -Item Short Form Health Survey ( P = 0,048), e no número de participantes atingiu a diferenã mínima clinicamente importante para o Questionário de Roland-Morris (risco relativo, 1,79; 95% intervalo de confiança [IC]: 1.05, 3.04) e o desfecho secundário de posições dolorosas (risco relativo, 1,37; IC 95%: 1,03, 1,83) foram encontrados em favor do tratamento experimental. 

CONCLUSÕES: Os exercícios de equilíbrio de tronco juntamente com exercícios de flexibilidade tiveram maior eficácia do que uma combinação de exercícios de força e flexibilidade na redução da incapacidade e na melhora do componente físico da qualidade de vida em pacientes com dor lombar crônica. 

Nível de evidência: Terapia, nível-1b.

J Orthop Sports Phys Ther 2011; 41 (8) :542-552. Epub 7 de junho de 2011.doi: 10.2519/jospt.2011.3413

PALAVRAS-CHAVE: LBP, coluna lombar, a estabilização

Portanto, é importante incluir no tratamento do paciente com dor lombar crônica exercícios de equilíbrio do tronco.

Karina Kelly de Oliveira Melo
Fisioterapeuta
Atende na:
Fisiocorpo - Clínica de Fisioterapia Ltda
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João Pessoa-PB
Tel: (83) 3246-1048

domingo, 7 de agosto de 2011

Fisioterapia para tratamento do ronco?

INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM ADULTOS RONCADORES


Resumo

INTRODUÇÃO
O ronco é caracterizado como o som emitido pela vibração dos tecidos moles da faringe, por causa da dificuldade que o ar encontra ao passar pela via aérea superior com obstrução parcial.

OBJETIVO: Analisar a eficácia da intervenção fisioterapêutica em adultos roncadores, atendidos na clínica-escola de Fisioterapia da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul).

MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa explicativa, quantitativa e quase experimental. Na primeira fase, a amostra foi composta por sete indivíduos residentes da cidade de Tubarão e na segunda fase três participantes fizeram parte da intervenção fisioterapêutica. Os dados foram tratados com estatística descritiva (média e desvio-padrão), inferencial (teste de wilcoxon com p < 0,05) e correlação de Pearson.

RESULTADOS: Na primeira fase, relacionando a Escala de Epworth com as variáveis analisadas, as mulheres apresentaram maior propensão ao sono, os indivíduos acima de 50 anos e com IMC > 25 apresentaram maior sonolência excessiva diurna e a qualidade de vida foi menor em indivíduos com maior pontuação na escala. Nos resultados pré e pós-intervenção fisioterapêutica, descritos na segunda fase, dois indivíduos diminuíram a pontuação na Escala de Epworth e um aumentou, houve aumento na pontuação de SF36
relacionado à qualidade de vida, dois indivíduos aumentaram o IMC e um diminuiu, sendo que todos os participantes diminuíram a circunferência do pescoço e a protusão de cabeça.

CONCLUSÃO: A fisioterapia pode proporcionar bons resultados no tratamento do ronco, contribuindo com a diminuição da sonolência excessiva diurna e melhora da qualidade de vida.


Para ler o artigo COMPLETO, acesse:

email: fisioartigos@hotmail.com
senha: fisioterapia

e faça o download deste e mais outros artigos disponíveis.



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Fisioterapia na Constipação Intestinal (Prisão de Ventre)?

A constipação intestinal (prisão de ventre) é um problema mais comum do que parece. Nos Estados Unidos, atinge cerca de 27% da população, gerando mais de 2 milhões de consultas por ano e, embora seja mais comum em mulheres, pode atingir os homens também.

O diagnóstico da constipação intestinal é muito difícil porque, na maioria das vezes, o intestino preso é um sintoma de outro problema e, quando não há outra doença, a avaliação do médico depende do que a paciente considera como “normal”.

Existem várias causas para um intestino preso: lesões e alterações na estrutura do intestino, que podem provocar o estreitamento ou diminuir seus movimentos; doenças como câncer de cólon; efeitos adversos de vários tipos de medicamentos; e até mesmo o comportamento, pois o hábito de “segurar” por muito tempo pode diminuir a sensibilidade da porção final do intestino grosso, o reto, atrapalhando a evacuação.

Quando não há nenhuma doença ou alteração no intestino, ou seja, quando o problema é só a constipação, ela pode ser classificada em 3 tipos: constipação de trânsito normal, distúrbios defecatórios e constipação de trânsito lento.

A constipação de trânsito normal é a mais comum. Neste tipo, os movimentos intestinais são normais e a freqüência de evacuação também, mas mesmo assim a paciente refere dificuldade para eliminar as fezes e, por isso, se diz constipado. Como este tipo é mais simples, geralmente é tratado com medicamentos laxativos e reeducação alimentar.

Os distúrbios defecatórios geralmente são resultado de algum problema no assoalho pélvico (os músculos que sustentam os órgãos abdominais) ou do esfíncter anal. Uma característica deste tipo é o esforço excessivo e a sensação de eliminação incompleta das fezes. Neste caso, como o problema são os músculos, o tratamento são exercícios! Exercícios específicos dos músculos da região pélvica (bacia) re-ensinam a paciente a controlar estes músculos e facilitar a evacuação. Além dos exercícios, alguns tipos de eletroterapia podem ajudar a aliviar o problema.

O terceiro tipo, a constipação de trânsito lento, é causado por um distúrbio neuromuscular do cólon, ou seja, existe um problema na comunicação neurônios-intestino e, por isso, os movimentos intestinais ficam mais lentos em todo o intestino ou só em uma parte dele. Este tipo é caracterizado por uma urgência pouco freqüente, inchaço, desconforto e dor abdominal, e as fezes geralmente são duras e secas. O tratamento é igual ao do primeiro tipo, mas em casos extremos, pode precisar de cirurgia.

Para todos os tipos de constipação, exercícios aeróbicos, como caminhada e corrida, e exercícios de força, como musculação, ajudam a regularizar os movimentos intestinais, melhorando o desconforto da paciente.

Mas, e a fisioterapia, onde entra?

Primeiro, no tratamento de problemas da musculatura pélvica. Existem exercícios específicos e muitos recursos que podem ajudar a paciente a melhorar o uso desses músculos e estimular a sensibilidade do reto. E, além disso, existem também técnicas de massagem que ajudam e estimulam os movimentos intestinais, melhorando seu funcionamento.

É muito importante lembrar que estas técnicas, tanto de exercício quanto de massagem, possuem poucas contra-indicações, são fáceis de fazer e, depois de bem treinadas, podem ser feitas em casa.



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quinta-feira, 28 de julho de 2011

Tendinopatia Patelar: Exercícios Excêntricos

Esse artigo, publicado em 2006 pela revista Journal of bone and joint surgery, relata a pesquisa foi realizada por um grupo de pesquisadores noruegueses, na qual foi feita a comparação do treinamento excêntrico com o tratamento cirúrgico para a melhora dos sintomas da tendinopatia patelar. 



conclusão relatada pelos autores é de que o tratamento cirúrgico não foi mais eficaz que o treinamento excêntrico. E que, portanto, antes de se tentar o tratamento cirúrgico, deve se tentar o tratamento conservador.

Os participantes foram divididos em dois grupos, um para a realização do treinamento excêntrico e o outro para a realização do procedimento cirúrgico. Os participantes do treinamento excêntrico que não estivessem satisfeitos com os resultados após 12 semanas seriam encaminhados para a cirurgia também.

Os pesquisadores relatam ao fim que não houve diferenças significativas entre os grupos (cirurgia x treino excêntrico), embora parecesse haver uma tendência de melhores resultados no grupo que não realizou cirurgia. Concluíram afirmando que, por ser uma atividade de baixo custo e baixo risco, o treinamento excêntrico deveria ser tentado antes de ser considerada a possibilidade de cirurgia.


A maioria dos estudos sobre tendinopatia patelar sugere que o trainamento muscular excêntrico pode ter um efeito positivo no tratamento das tendinopatias. Os estudos disponíveis indicam que o programa de tratamento deve conter no mínimo 12 semanas, deve incluir uma prancha de declínio, deve causar algum nível de desconforto no paciente, e ainda que os pacientes devem ser afastados de suas atividades esportivas. 







quarta-feira, 27 de julho de 2011

Pilates para Condromalácia Patelar?

A Condromalácia patelar consiste em uma patologia degenerativa da cartilagem patelar e dos côndilos femorais correspondentes. Trata-se de uma espécie de amolecimento desta cartilagem pelo atrito incorreto contra os côndilos do fêmur. Ocorre um desconforto e dor ao redor ou atrás da patela. Já o termo mais genérico, síndrome da dor patelo-femural, se refere aos estágios iniciais dessa condição, na qual os sintomas ainda podem ser completamente revertidos.

A dor (algumas vezes ardência) é descrita como profunda e localizada na região retropatelar.O sintoma mais comum é a dor atrás da patela, especialmente nas subidas ou durante longos percursos com pedaladas lentas. Pode ser sentida, por exemplo, ao subir e descer escadas, em atividades prolongadas, após ficar muito tempo com os joelhos flexionados e ao agachar-se. Ainda, é possível que ocorra crepitação e estalos, muitas vezes audíveis, além de edema e derrame intra-articular, ocasionados pelo acúmulo excessivo de líquido sinovial formado no processo inflamatório.

As mulheres costumam ser mais susceptíveis a tal lesão pois, em geral, possuem o quadril mais largo. Ocorre prioritariamente em atividades como balé, corridas, ciclismo, voleibol, etc.
Acredita-se que a causa seja relacionada a fatores anatômicos, histológicos e fisiológicos que podem resultar em um enfraquecimento e amolecimento da cartilagem envolvida. 

Assim como as alterações de alinhamento da patela, que excursiona fora do local adequado, ocasionando atrito entre sua superfície articular e a superfície articular do fêmur, desse modo provocando “desgaste”. Tais alterações de alinhamento muitas vezes estão relacionadas à desequilíbrios da musculatura do quadríceps como atrofias, hipotrofias e encurtamentos musculares; variações anatômicas tanto do fêmur como da patela.

Mas o que o Pilates tem a ver com tudo isso?

O PILATES age de forma fantástica no alinhamento patelar, bem como na estabilização do quadro da condromalácia. Já que um dos grandes alicerces do método é o fortalecimento e estabilização dos músculos centrais do corpo aliada às técnicas que potencializam a respiração e seus benefícios, atingindo assim, o objetivo do aluno através do equilíbrio muscular. 
Para tal, é preciso avaliar o nivel de força e flexibilidade dos grupos musculares do indivíduo, para que se dê início à prescrição do programa de exercícios. No caso da condromalácia patelar são inclusos exercícios de potência, força, alongamento e mobilização do membro inferior, sempre com o cuidado de evitar sobrecarga na articulação em questão. No geral, é importante o alongamento dos ísquiotibiais, o qual seu encurtamento implica em um agravamento no atrito da patela com o fêmur, no momento da marcha. Uma atenção especial ao quadríceps, sobretudo o vasto medial e banda iliotibial, tendões e panturrilha também são extremamente necessárias para equilibrar as forças atuantes sobre a patela.

Portanto, se você tem um paciente com condromalácia patelar, aconselhe também o pilates, pois irá ser um adicional válido ao seu tratamento, permitindo uma evolução mais rápida.

Fonte: www.revistapilates.com.br

terça-feira, 26 de julho de 2011

TRADUÇÃO DE ABSTRACTS E TRABALHOS - INGLÊS

Olá gente!


Sou formada em Inglês pela Cultura Inglesa, onde estudei durante 9 anos. Já faço traduções de abstracts de monografias a muito tempo, como também de trabalhos completos, para o pessoal da área de saúde em geral.
O que acontece é: o interessado manda um email com a parte a ser traduzida em anexo me dizendo para quando ele precisa da tradução pronta.
Eu vejo o tamanho e o número de palavras, mando o email de volta dizendo o preço, e meu telefone para contato. 
A pessoa deposita o valor para mim e eu mando a tradução pronta.
Tenho referências das pessoas que já fizeram tradução comigo caso queiram.


Email: karinameloft@hotmail.com

Sentar-se corretamente ajuda a evitar o acúmulo de gordura e celulite

Você sabia disso?
Então fique por dentro!
Para combater a celulite e a gordura localizada não basta aderir às diversas técnicas de terapia, como drenagem e equipamentos que exterminam as gorduras indesejáveis. Segundo profissionais da área da fisioterapia, existem exercícios que ajudam a circulação sanguínea e podem promover o não aparecimento das celulites.

Você está curiosa para saber quais são os exercícios? Acalme-se, antes é preciso saber que a má postura dificulta a circulação sanguínea dos vasos linfáticos em áreas que ficam comprimidas pelos desvios posturais. Por isso, ficar muito tempo sentado, de maneira errada, pode ser um fator favorável ao acúmulo de gordura.

Fique de olho na sua postura! Observe no espelho, e, se tiver achando que a postura não tá legal, procure um fisioterapeuta para avaliação da mesma, e ter a indicação do que é necessário para melhorá-la!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Efeito do Pilates em pacientes com Espondilite Anquilosante

Mas o que é Espondilite Anquilosante?

Deriva do grego: spondylos (vértebra) e ankylos (enrijecimento). É uma doença inflamatória sistêmica crônica, que afeta a coluna vertebral em indivíduos com predisposição genética.
A espondilite anquilosante caracteriza-se pelo surgimento de dores na coluna de modo lento ou insidioso durante algumas semanas, associadas à rigidez matinal da coluna e diminui de intensidade durante o dia. A dor persiste por mais de três meses, melhora com exercícios e piora com repouso.
No início, a espondilite anquilosante costuma causar dor nas nádegas, possivelmente se espalhando pela parte de trás das coxas e pela parte inferior da coluna. Essa dor tem origem nas articulações sacroilíacas. Alguns pacientes se sentem doentes de uma forma geral - sentem-se cansados, perdem apetite e peso e podem ter anemia.

Outras articulações também podem ser afetadas, como: quadris, ombros, joelhos, entre outras.

E o que é Pilates? É uma técnica de reeducação do movimento, composto por exercícios profundamente alicerçados na anatomia humana, capaz de restabelecer e aumentar a flexibilidade e força muscular, melhorar a respiração, corrigir a postura e prevenir lesões.

E o que o Pilates tem a ver com Espondilite Anquilosante? Tudo! Saiu uma pesquisa muito recente, onde você pode encontrar o resumo aqui
Nesta pesquisa, os autores dividiram dois grupos de 55 pacientes com espondilite anquilosante. No primeiro grupo, foi aplicado o tratamento com sessões de 1h de Pilates, e no segundo grupo (grupo controle) recebeu tratamento convencional.

O grupo 1, que teve o tratamento com Pilates, teve uma melhora superior ao grupo 2 (tratamento convencional).

Você que tem dores na coluna, é bom investigar a origem destas dores, e fazer uma avaliação fisioterapeutica para que o melhor tratamento seja indicado.

FISIOCORPO - Clínica de Fisioterapia Ltda
Karina Kelly de Oliveira Melo
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