domingo, 8 de abril de 2012

Tratamento de dor lombar sem tocar na lombar

Olá gente! Boa Páscoa a todos!


Hoje venho com um assunto interessante. Saiba que, se você fisioterapeuta realizar uma boa avaliação no seu paciente, você vai ter ótimos resultados.
Costumo ler uns blogs gringos, e esse caso clínico que li, achei legal trazer aqui pra vocês. Inclusive, já aconteceram repetidas vezes este caso comigo. A dor era na lombar mas o problema não era na lombar.


Enfim, o blog era o Hands-on Care Physical Therapy e eis a matéria traduzida:



Um motorista de táxi de 43 anos de idade apresentou dor severa na região lombar baixa a ponto de ser incapaz de sentar ou ficar de pé por mais de alguns minutos de cada vez. A dor começou há dois meses depois que ele dirigiu seu carro continuamente por 14 horas. Ele visitou seu médico da atenção primária, que o encaminhou para uma ressonância magnética da coluna lombar, pois a dor irradiava para a frente de sua coxa. A RM foi negativa e o médico da atenção primária encaminhou para a Fisioterapia. O paciente recebeu tratamento Fisioterapêutico por cerca de 4-5 semanas, sem qualquer melhora de sua dor. Ele afirma: "eu notei alguma melhora para uma ou duas horas, mas no momento em que eu ia entrar no carro, a dor voltava". 
Seu primo era um paciente da Hands-On e encaminhou-nos para uma avaliação e tratamento.
Quando perguntamos ao paciente o tratamento que recebeu na Fisioterapia que ele tinha feito, nos declarou: "Eles me deram um pouco de calor, eletricidade e massagem nas minhas costas. Então eu tive que fazer alguns exercícios de bicicleta e para a minha barriga."
TRATAMENTO: Após uma avaliação minuciosa, descobrimos que o paciente tinha pontos gatilho miofasciais no seu músculo iliopsoas. O músculo Iliopsoas está localizado na parte da frente da coluna lombar e liga as vértebras lombares ao fêmur. Curiosamente este músculo quando é ferido por movimentos repetitivos, tais como uso excessivo ao dirigir um carro e mover a perna do pedal do acelerador para o pedal do freio pode referir a dor na região lombar.
Este paciente foi tratado com 6 sessões de Terapia Manual e tem estado livre de dor nas últimas semanas. Nós nunca tocamos ou tratamos sua parte inferior das costas. O tratamento completo ocorreu na região anterior do quadril, no músculo iliopsoas. 
Este é o poder de aplicar corretamente Terapia Manual!

Vista do músculo iliopsoas mostrando sua linha de ação na região lombar. Note que, as áreas sombreadas (no lado esquerdo) são os pontos de inserção do iliopsoas em cada vértebra da região lombar.


Então gente...se você fizer uma avaliação correta, você vai direto na causa, e vai ter resultado!

Depois trago mais casos para vocês.


segunda-feira, 2 de abril de 2012

Vamos entender melhor a Condromalácia Patelar?

Olá gente!

Mais uma vez estou de volta para esclarecer um pouco sobre a Condromalácia Patelar.

É chamada de Osteoartrite Patelofemoral e é diagnosticada correlacionando-se a dor patelofemoral com as mudanças radiográficas consistentes com a degeneração articular.
A diferenciação dos subtipos idiopáticos (causa desconhecida) e pós-traumáticos é feita com base na história. A intervenção para a osteoartrite patelofemoral é, em geral, conservadora, a menos que coexista com doença articular degenerativa tibiofemoral.

O termo condromalácia patelar há muito define uma categoria que envolve dor anterior no joelho e, especificamente, retropatelar (atrás da patela). O termo condromalácia foi primeiro usado por Aleman, em 1928. Ele empregou a expressão "condromalácia pós-traumática da patela" para descrever lesões da patela encontradas na cirurgia supostamente tendo sido causadas por trauma anterior. Com o tempo, tornou-se um termo geral sem nenhum sistema de classificação de concordância ou definições de termos.

A condromalácia verdadeira refere-se ao amaciamento da cartilagem sobre a região posterior da patela e estima-se que ocorra em menos de 20% dos indivíduos que se apresentam com dor anterior no joelho. A síndrome é mais comum no grupo etário dos 12 aos 35 anos e a maioria dos estudos mostrou predominância nas mulheres.

É utilizada uma classificação que divide em 4 (quatro) diferentes graus (Outerbridge): 
GRAU I : amolecimento da cartilagem. 


GRAU II : fragmentação e fissura da cartilagem em uma área menor ou igual à aproximadamente 1,5 cm. 

GRAU III: fragmentação e fissura da cartilagem em uma área maior ou igual à aproximadamente 1,5 cm. 
GRAU IV: erosão da cartilagem com exposição do osso subcondral. 




A intervenção conservadora para osteoartrite patelofemoral inclui a remoção de quaisquer desequilíbrios musculares de flexibilidade ou força.

É importante na reabilitação o fortalecimento do VMO (vasto medial oblíquo), utilizando recursos crioterápicos, para fins analgésicos e antiinflamatórios pós-exercícios, além do trabalho de fortalecimento da musculatura da coxa.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Exercício Excêntrico na melhora da dor, função e desempenho isocinético em pessoas com Síndrome do Impacto (SI)

Síndrome do impacto é o nome que se dá à inflamação no tendão (ou tendinite) do músculo supra-espinhal do ombro. Esse tendão passa entre duas estruturas anatômicas do ombro, que são a cabeça do úmero e o acrômio. Essa inflamação é chamada de síndrome do impacto, porque, quando da elevação do braço, há uma compressão (um impacto) do tendão do músculo supra-espinhal do ombro entre essas duas estruturas anatômicas.



Estava lendo a Revista Brasileira de Fisioterapia e me deparei com este artigo novíssimo, onde os autores falam sobre um tipo de abordagem diferente para a Síndrome do Impacto: o treino excêntrico.

O que seria isso? 

O exercício excêntrico é aquele que alonga o músculo ao contrário de um exercício concêntrico que encurta o músculo. A maioria dos exercícios do treinamento de resistência abrange tanto movimentos excêntricos e concêntricos (por exemplo o agachamento, diminuindo o peso é a fase excêntrica e empurrando para cima é a fase concêntrica do quadríceps).


Então, vamos ao resumo do artigo:


CAMARGO, Paula R. et al. Treino excêntrico para abdutores do ombro melhora dor, função e desempenho isocinético em sujeitos com síndrome do impacto: série de casos. Rev. bras. fisioter. [online].    


CONTEXTUALIZAÇÃO: Tratamentos conservadores têm sido propostos para pessoas com síndrome do impacto (SI) do ombro, como fortalecimento do manguito rotador e dos músculos escapulares e alongamento dos tecidos moles do ombro. No entanto, são escassos os estudos que analisaram a eficácia do treinamento excêntrico no tratamento da SI. OBJETIVOS: Avaliar os efeitos do treinamento excêntrico para abdutores do ombro na dor, função e desempenho isocinético durante a abdução concêntrica e excêntrica do ombro em indivíduos com SI. MÉTODOS: Vinte indivíduos (sete mulheres, 34,2 DP 10,2 anos, 1,7 DP 0,1 m, 78,0 DP 16,3 kg) com SI unilateral completaram o protocolo do estudo. Realizou-se treinamento isocinético excêntrico bilateral a 60º/s para abdutores do ombro durante seis semanas consecutivas, duas vezes por semana, em dias alternados. Para cada dia de treinamento, foram realizadas três séries de dez repetições, com um período de descanso de 3 minutos entre as séries para cada lado. A amplitude de movimento treinada foi de 60° (de 80° a 20°). O questionário Disabilities of the Arm, Shoulder and Hand (DASH) foi utilizado para avaliar a função e os sintomas dos membros superiores. O pico de torque, o trabalho total e o tempo de aceleração foram avaliados durante a abdução concêntrica e excêntrica do braço a 60º/s e 180º/s por meio de um dinamômetro isocinético. RESULTADOS: As pontuações do DASH, o pico de torque, o trabalho total e o tempo de aceleração melhoraram (p<0,05) após o período de intervenção. CONCLUSÕES: Este estudo sugere que o treinamento isocinético excêntrico para abdutores do ombro melhora a função física dos membros superiores em indivíduos com SI.


Aqui está o link para o texto completo, que está em Inglês.


http://www.scielo.br/pdf/rbfis/2011nahead/aop035_11.pdf





terça-feira, 6 de março de 2012

Artroplastia de Quadril e Joelho

Olá gente!!!

Aqui vai uma sugestão de cartilhas de orientações pós artroplastias de joelho e quadril, publicadas pelo Instituto Nacional de Ortopedia e Traumatologia.

Essas apostilas foram criadas para o público e são de livre acesso.

Antes de qualquer coisa, saiba que cada cirurgia tem suas particularidades: acesso, tipo de prótese, etc.. portanto, consulte o cirurgião que lhe operou e o fisioterapeuta que lhe acompanha.

O link: http://www.into.saude.gov.br/conteudo.aspx?id=122

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Prevenir lesões com o teste da pisada

O trabalho do fisioterapeuta é muito mais do que a recuperação de pessoas. Hoje, a prevenção com a fisioterapia começa a ser difundida e aceita pela população. O aumento de atividades esportivas individuais, como, por exemplo, a corrida, ajudou a conscientizar as pessoas por um trabalho preventivo. Para tratamentos, há diversos protocolos, mas o trabalho individualizado sempre tem melhores resultados. Cabe ao fisioterapeuta indicar alternativas para aprimorar a perfomance sem lesão e dentro das necessidades do paciente. E nesse universo preventivo, o teste de pisada é uma opção simples que pode evitar lesões como tendinites, fascite plantar, fraturas por estresse, dentre outros.




Para ter eficiência e credibilidade, o teste da pisada deve ser feito em três etapas: análise estática da biomecânica, análise em movimento da passada e avaliação postural. Somente o fisioterapeuta habilitado consegue dar um diagnóstico completo do tipo de pisada do paciente e indicar o melhor calçado para a atividade física.
Estudos dividem as pessoas em três tipos de pisada: pronada (para dentro), supinada (para fora) e neutra. Mas além do teste indicar em qual grupo a pessoa se encaixa, com a análise completa é possível visualizar a necessidade de suportes extras, como, por exemplo, uma palmilha, seja de correção ou de conforto.
Já encontrei diversos casos curiosos durante os atendimentos e que tiveram melhora significativa com o uso correto do calçado. Um desses meus pacientes, que é corredor, tinha a pisada pronada em pé chato na primeira avaliação. Depois que ele começou a usar o tênis certo com uma palmilha customizada, com amortecimento em calcâneo, elevação do arco medial e apoio medial, as dores diminuíram e a descarga de peso na análise estática foi significativamente melhor.
O mais interessante é que o teste da pisada, além de ser primordial para atletas profissionais e amadores, também pode ser feito por não praticantes de atividade física. Qualquer pessoa, por exemplo, que sofre com dores na região do pé, joelho, por exemplo, deve ser avaliada. As chances das dores serem causadas pela postura são grandes. E com o teste da pisada e a avaliação postural é possível identificar o motivo dessa dor. Por isso, acredito que o teste da pisada é uma das inúmeras formas de prevenção de lesões, que deve ser agregado na rotina do fisioterapeuta.


David Homsi - Revista Fisio/SA

terça-feira, 20 de setembro de 2011

FISIOTERAPEUTA: Dr. ou Ft. ?



Gente, este é um texto retirado do Blog 14-F FISIOTERAPIA, escrito pelo Dr. Geraldo Barbosa.
O endereço do blog dele é http://geraldobarbosa43.blogspot.com
Recomendo, muito bom este blog! Vou colocar aqui o texto na íntegra, com a permissão dele claro.
Texto excelente e muito bem escrito.


"Vasculhando arquivos em um dos dias da semana passada, minha esposa - Fisioterapeuta da mesma forma que eu - encontrou um exemplar do Jornal FISIOBRASIL, o de Nº 40, publicado em dezembro de 2000. Nele, um pequeno artigo chamou-nos a atenção pelo título: " Fisioterapeuta: Dr., sim; Ft, não", tendo como conteudo uma mensagem de final de ano assinada pela Dra. Regina Figgueirôa, a época Presidente do CREFITO 2, da qual transcrevemos, ipsis verbis, o trecho a seguir: "Como mensagem de fim de ano, século e milênio, queremos manifestar o nosso repúdio em relação a utilização da abreviatura "Ft." para designar o profissional Fisioterapeuta" [...]
Após analisar essa opinião quase dez anos depois da publicação da mensagem, observamos que o assunto permanece atualissimo; nada mudou. Mas reflitamos; já é tempo! Como é possivel a todo momento encontrarmos anúncios de clínicas, de consultórios, ora com a abreviatura Dr. Fulano, ora com o extravagante Ft. Sicrano ?


Poderia, em principio, parecer um dilema, mas NÂO É! Pois um dilema conduz a uma alternativa em que qualquer dos seus termos leva a mesma concepção ou ideia, ou ainda definição. Usando o percurso lógico do raciocínio, chegamos a proposições onde uma é conhecida como abreviatura de doutor, usada no sentido de designar quem se diplomou numa universidade, ou que é muito sábio ou douto. Não confundir com título de Pós-graduação ou dos que defendem tese de doutorado. A outra nada significa. Em razão de que, então Ft. ?

À guisa de lembrete: "Agr.", trduz-se por Agricultura; "Biol.", significa Biologia; "Filos.", Filosofia; "Med.", Medicina; e assim por diante, sem que venha a significar uma profissão ou título que a qualifique. Não nos parece correto, na lingua portuguesa, abreviar nomes próprios de profissões; se estivermos enganados, os Filólogos nos censurem e/ou nos consertem.

A utilização da abreviatura do título de doutor (Dr.) - no sentido já mencionado, de designar quem simplesmente se diplomou em uma universidade - por Fisioterapeutas, remonta ao início dos anos 60 do século passado, sendo portanto anterior ao Decreto-Lei Nº 938/69, com a finalidade de caracterizar um profissional cuja prática está ancorada na fundamentação científica. Nada mais justo, para ressaltar a formação universitária daqueles que lutam pela isonomia com as demais categorias profissionais da área da saúde.

A abreviatura "Ft.", empobrece a categoria dos Fisioterapeutas, pois nada acrescenta, nada significa, nada justifica o seu uso"


Parabéns pelo texto Dr Geraldo. É isso aí.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Síndrome do Túnel do Carpo: o que é realmente efetivo dentro da Fisioterapia?


Um grupo de pesquisa holandês publicou no Archives of Physical Medicine and Rehabilitation, duas grandes revisões sistemáticas sobre a efetividade do tratamento cirúrgico e não cirúrgico para a Síndrome do túnel do carpo, dividido em dois artigos. O texto com os resultados dos recursos não cirúrgicos se destaca pela quantidade de informação e pela abrangência dada as inúmeras propostas de tratamento já estudadas sobre o assunto, desde imobilizadores, tipos de teclado, incluindo diferentes modalidades fisioterapêuticas.



Muitas dúvidas podem surgir ao se conduzir o tratamento fisioterapêutico de um indivíduo com Síndrome do Túnel do Carpo e uma coletânea do que diz a literatura sobre o assunto nos ajuda a ter algumas diretrizes que podem nos subsidiar mais claramente. Vale ressaltar que, á seguir, será apresentado o atual “estado da arte” sobre o assunto. Estas recomendações, no entanto, podem mudar se ocorrerem avanços nas pesquisas dos temas apresentados. Seguem os principais resultados do estudo, seguido da força de evidência conforme a seguinte escala do nível de evidência:

1. Evidência forte de efetividade: achados positivos e consistentes (mais de 75% de significância) em múltiplos estudos clínicos de alta qualidade.
2. Evidência moderada: achados positivos consistentes (significante) de múltiplos estudos clínicos de qualidade baixa ou de um estudo clínico de alta qualidade.
3. Evidência limitada: achado positivo (significante) de um estudo clínico de baixa qualidade.
4. Evidência conflitante: achados de estudos clínicos com menos de 75% de consistência (significância).
OBS: ao se afirmar que não há evidência significa que estudos de boa qualidade não demonstraram diferenças significantes.



Tala ou imobilização para o punho/mão
-Uma atadura noturna na mão (“brace”) é mais efetivo do que não fazer nada (evidência moderada em curto prazo - 2 semanas - e limitada em médio prazo).
-Tala em posição neutra é mais efetiva que a que mantém o punho em extensão de 20° em curto prazo/2 sem (evidência limitada).
-Usar tala em tempo integral não parece acrescentar benefício a usá-la somente à noite, bem como não há provas de que haja mais benefício ao se comparar o uso de tala isolado com a atadura da mão (“brace”) à noite, nem ao associar a tala com aplicações de laser, ou com exercícios de yoga, em curto prazo.
-Corticosteróide oral é mais efetivo que a tala de punho em curto prazo (evidência moderada).

Ultra-som
-Não há evidências de que o ultra-som seja mais efetivo do que o placebo em curto prazo (2 semanas), mas sim após 7 semanas (evidência moderada).
-Não há evidências de diferenças entre a intensidades de 1,5W/cm² quando comparado com 0,8W/cm² em curto prazo, assim como ao se utilizar freqüências de 1 e 3 MHz.
-O ultra-som é mais efetivo do que o laser em curto prazo (evidência moderada).

Laser
Não há evidências de que o laser seja efetivo ao se comparar com o placebo em curto prazo.

Mobilizações e Terapia Manual
Mobilização dos ossos do carpo é mais efetiva do que não tratar em curto prazo (evidência limitada). Não houve diferença entre a efetividade da mobilização dos ossos do carpo comparado a mobilização neurodinâmica, em curto prazo; entre a técnica neurodinâmica + tala, comparado com terapia placebo + tala em curto prazo; ou da mobilização de tecidos moles assistida por instrumento (Graston??) + exercícios domiciliares comparada a mobilização de tecidos moles + exercícios domiciliares em médio prazo.



Teclado Ergonômico
Teclado ergonômico é mais efetivo que o teclado padrão em 3 meses (evidência moderada), porém não em 6 meses (evidência limitada). Teclados na Apple® e da Microsoft® são mais efetivos que teclados normais em 6 meses (evidência limitada).

Acupuntura
Não há evidências da efetividade da acupuntura com laser em curto prazo (3 sem), ou da acupuntura comparada com corticosteróides em curto prazo (4 sem).

Massagem
Massagem direcionada é mais efetiva que a massagem geral e sessões de massagem de 15 min., 1x/sem associada a auto-massagem diária é mais efetiva que não tratar em curto prazo (evidência limitada).

Compressa Quente
Compressa quente é mais efetiva que placebo oral em curto prazo (3 dias de seguimento), porém ventosas (“cupping therapy”) é mais efetivo do que bolsa quente em 7 dias de seguimento (evidência moderada).

Iontoforese
Não há evidência de efetividade da iontoforese de dexametasona ao se comparar com placebo em médio e longo prazo (3 e 6 meses).

Exercícios de deslizamento do tendão e do nervo (“Tendon and Nerve Gliding Exercises”)
Há evidência limitada de que o uso integral de tala (dia e noite) por 6 sem + programa de exercícios + tala noturna por 4 sem + exercícios é mais efetivo que o mesmo tratamento sem os exercícios em curto prazo.
Exercícios neurodinâmicos adicionados ao tratamento padrão (tala noturna+durante atividades pesadas)+exercícios de deslizamento do tendão é mais efetivo que o tratamento padrão (tala) em médio prazo (evidência limitada). Não há evidência de superioridade de efeito entre os tratamentos com: 1. tala+exercícios; 2. tala+ultra-som; 3. tala mais exercícios+ultra-som em curto prazo.

Vale salientar que as escolhas no mundo real do cotidiano clínico baseiam-se também nos recursos disponíveis, experiência e crenças do profissional e do paciente e vivências de ambos, o que pode variar as escolhas apontadas acima. Destacamos também que os estudos de baixa qualidade metodológica possuem grande risco de viés. Assim, outros estudos, com melhor qualidade, poderão confirmar ou refutar algumas das recomendações acima.